Seara
Em cada amanhecer
Nasce a magia
De um novo dia
Onde há tanto para viver...
Nele, tudo se pode semear
Dele, tudo se pode colher
Nele, tudo se pode dar
Tudo, se pode receber!
Como em terra fértil e arada
Nele a semente será lançada
E depois de germinada,
Há-de florescer.
O orvalho em cada manhã
A seara há-de acordar
Para ao vento, vê-la dançar!
O sol, calor, lhe dará
E a chuva, a sede, lhe matará!
E ao longo do dia
Como seara a amadurecer
Muito há-de acontecer...
Com o céu no olhar
Verá as aves sobre si a voar
E de quando em quando
Algumas delas, em seu regaço, vêm pousar...
Umas, apenas para descansar
Outras, para uns grãos consigo levar
Algumas, para novas sementes deixar
E assim, quem na nossa seara passa
Deixa um pouco de si
Leva um pouco de nós
Mas não nos deixa sós!
E como seara cuidada
É seara criada
Entre muitas culturas
E tantas venturas
Nosso dia chega ao fim
Dando a colheita por terminada,
Até que chegue nova alvorada!