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Green Ideas

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NATAL é Amor!

Os Nossos Contos de Natal - 2021 | Desafio Anual da Isabel Silva

24.12.21 | Ana D.

dez_natal e amor.jpgdesafio no âmbito da iniciativa da Mãe Natal aka imsilva.

Hoje partilho mais um conto de natal no âmbito do Desafio Contos de Natal 2021, a convite da Isabel Silva do blog "Pessoas e Coisas da Vida", a quem agradeço a generosidade!

Muito obrigada, querida Isabel! 

      

Maria olhava em seu redor e sorria. O seus olhos iluminados mostravam a sua felicidade. Maria gostava tanto de ver a sua casa vestida de Natal!

O pinheiro de Natal com as luzes a piscar e, no cimo, a estrela reluzente para representar a anunciação do nascimento de Cristo. O presépio, com as figurinhas de barro pintadas à mão que era dos seus tempos de criança. As meias penduradas na chaminé e os presentes para todos... A mesa posta a preceito! A alva toalha de linho com entremeios de renda feita pela sua avó. A coroa do Advento. O serviço de Natal... enfim, tudo preparado!

Maria estava sentada, perto da lareira, enquanto contemplava o seu Natal. Estava aconchegada numa mantinha com o seu álbum de fotografias no regaço e à medida que ia vendo as fotos, ora sorria, ora soltava uma gargalhada, porque se lembrava com exatidão de cada momento... de cada Natal!

Sim! Antes o Natal era diferente... Primeiro os filhos pequenos, os pais e os sogros todos em redor daquela mesa feliz a conversar e a rir enquanto degustavam a ceia, cuidadosamente preparada por ela. Depois juntaram-se as noras e os genros e mais tarde os netos. Vinham sempre passar o Natal à terra, como se diz na cidade!

Todos participavam nas tarefas. Preparava-se o bacalhau para a consoada, faziam-se os doces tradicionais do Natal e temperava-se o cabrito para o almoço de Natal. As crianças brincavam e as suas gargalhadas ecoavam pela casa. Parecia que ainda as conseguia ouvir!

Mas depois... depois o marido partiu... os netos cresceram... e os filhos tinham cada vez menos tempo para vir passar o Natal à aldeia, porque isto de viver na cidade não é fácil!.

Mas Maria, todos os anos, mantinha a esperança de que, à última hora, eles conseguissem vir só para lhe fazer uma surpresa e como não queria ser apanhada desprevenida, preparava tudo com muito zelo para os receber. Quando tudo estava meticulosamente preparado, sentava-se na companhia do seu álbum de recordações de tantos Natais felizes e esperava...

Mas não! A surpresa não se realizava e Maria prometia a si própria que tinha de viver para esperar pelo Natal seguinte.

E assim, tinha passado os seus últimos Natais. À espera! À espera, daqueles por quem o amor lhe preenchia o coração! À espera dos seus muito amados filhos e netos. À espera da sua família!

A noite corria e de repente, ouviu as doze badaladas do sino da igreja, mas os seus filhos e netos não chegaram...

Maria disse a si própria que teria de esperar pelo próximo Natal para ver o seu desejo realizado.

Contemplou uma vez mais a sua sala, recostou-se no sofá, fechou suavemente os olhos e sorriu, pois no seu coração só existia amor e esperança!

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