De Solidão vestida
São trapos rasgados
Rotos, mal amanhados
Que nada me dizem
Mas que me envolvem
A alma e o coração
Numa teia de solidão
São trapos perdidos
E mal urdidos
Para tentar tapar
O vazio que há-de teimar
Por entre um silêncio
Que não se deixa calar
Nem à faca cortar
E são tantos os trapos
E mil, os farrapos
Que sem perdão
Me vestem de solidão