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Caminhar nos arrozais em pousio é como adentrar um cenário se serenidade. Com a chegada do outono, os campos outrora repletos de verde exuberante, transformam-se em vastas extensões douradas e secas até chegar o inverno, que lhes vem dar algum descanso. Diria que o merecido descanso que o tempo de pousio lhes permite. Nesse tempo, sob o céu aberto, o solo sereno deixa-se enlevar pela brisa suave que carrega consigo a nostalgia da colheita passada.

A geometria das plantações de arroz permanece como um testemunho da harmonia entre a natureza e a intervenção humana. Cada passo revela a história contida no solo, num ciclo que se repete a cada estação. A simplicidade da paisagem ganha uma beleza única. Os arrozais em descanso exibem uma serenidade que captura a essência da natureza no seu estado mais puro. Cada passo revela não apenas a beleza estética, mas também a riqueza cultural e histórica que se desenrola ao longo do ciclo agrícola.

Caminhar nos arrozais em pousio é mergulhar num universo de tranquilidade e reflexão, onde a beleza se manifesta na simplicidade da terra que repousa enquanto aguarda pacientemente a próxima temporada de renascimento.

A solidão dos arrozais em pousio contrasta com a agitação da época de cultivo, oferecendo um refúgio tranquilo e um horizonte aberto até onde a vista alcança, para os que tal como eu buscam paz e introspeção. Para os que como eu, lhes corre a saudade nas veias. Saudade de tempos passados num universo que também já foi meu.

Várzea de Samora Correia, no concelho de Benavente.

Participação no "Desafio 1 foto, 1 texto" em resposta à Isabel Silva do blog "pessoas e coisas da vida".  

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Hoje é o Dia Internacional do Riso e por isso Ria.

Ria porque Rir é o melhor remédio.
Ria. Por si e pelos outros.
Ria como se não houvesse amanhã.

Porque Rir tem muitos benefícios:

- Reduz o stress;

- Queima calorias;

- Melhora a qualidade do sono;

- Melhora a circulação sanguínea;

- Fortalece o sistema imunológico;

- Estímula a criatividade;

- Cria laços com outras pessoas.

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Porqe hoje é o Dia Internacional do Obrigado agradeço a todos aqueles que fazem parte da minha vida!

Em tempo de mudança para o ano novo é frequente ouvirmos a expressão "Ano Novo, Vida Nova", mas será que é mesmo assim? Pergunto-me se esta máxima se aplicará a todos... ou melhor, se serei apenas eu, que estou fora de contexto... talvez seja... na verdade, este tempo também já significou o momento de eu traçar metas e objetivos, já foi tempo de sonhar e planear... mas a vida mudou.

A vida mudou e hoje cada dia representa apenas "mais um dia" onde não há continuação do passado... um passado que se perdeu e que não é de todo recuperável... Mais um dia, cuja essência será viver o presente "necessário e suficiente" tendo na memória e no coração esse tal passado, bem guardado. Viver a continuação de um presente sem futuro. A continuação de um presente que tem de bastar-se a si próprio, porque de resto... de resto, apenas existe um passado à força apagado e um futuro vazio.

Pode parecer estranho mas esta é a minha verdade... A verdade de quem sabe de onde vem mas para onde não consegue voltar. A verdade de quem vive cada dia no presente, sem saber para onde vai... acabaram-se as resoluções de ano novo, os objetivos, as metas. Não há o que escrever no "vision board"... nada... não há ideias, não há sequer esse desejo, pois há só mais um dia para viver sem nada no horizonte.

Sei que dirão que a vida é o que quisermos dela fazer e a ser assim também os nossos dias serão aquilo que deles fizermos. Mas poderá ser mesmo assim para todos? Será que estes princípios de frases feitas podem mesmo fazer do "Ano Novo", uma "Vida Nova"?!

Alguns defenderão que sim... mas deixarei por aqui uma semente da dúvida: será que para aqueles que já não são muito novos e vivem pelas aldeias do interior de Portugal, num interior parco de gente e perdido dos recursos, daqueles que já tantos viram partir e que vêm as suas aldeias desertas, daqueles cujos filhos e netos tiveram de partir em busca de uma vida melhor ou mesmo daqueles que já estão sós na vida, podem sequer almejar que um Ano Novo valerá uma Vida Nova?!