Sou água que corre
E tanto percorre
Por ruas e ruelas
Caminhos e vielas
Por entre pedras sozinhas
Pedras abandonadas
Ou pedras arrumadinhas
E bem organizadas
A forrar as calçadas
Tão bem desenhadas

Sou água que corre
E tanto percorre
Ora a fio, ora de enxurrada
Sem nunca ser apanhada
E mesmo quando apertada
Não me deixo intimidar
E num lento deslizar
Ou no meu gotejar
Tudo faço para passar
Sem me deixar dominar

Sou água que corre 
E tanto percorre
Sem que nada me possa deter
Ou sequer reter
Sem que nada me possa parar
Ou sequer travar
Naquele que sei ser o caminho
Largo ou comezinho
Onde quero chegar
Para por lá ficar

Eu gostava de gostar de mim
Querer-me a mim
Como aos outros dedico meu querer
Gostava de ser... de fazer
Gostava de estar... de me dar
Gostava de me deixar tentar
E não me deter
Nem nunca parar
Ou sequer abrandar
Por medo de arriscar
Ou não querer falhar

Gostava de me perdoar
Por tudo o que fui e não fui
Enquanto a vida flui
Por tudo o que fiz e não fiz
Para ser feliz
Por tudo o que pude ter
Por tudo o que pude viver
Mas não tive e não vivi
Porquanto não me permiti

Gostava de me dar tempo
Aquele tempo que perdi
Ou que mal investi
Porque a cada momento
Também acreditei
Que o tempo seria a contento
Até que a destempo
O tempo mostrou que falhei

E de cada momento
Desses contratempos
Trazidos pelos tempos
Só ficou o meu lamento

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Felicidade.

Este dia visa promover a felicidade e mostrar como esse sentimento é fundamental para o bem estar das pessoas e das nações. 

A criação do Dia Internacional da Felicidade surgiu por sugestão do Butão, um pequeno reino budista localizado nos Himalaias que adota como estatística oficial a "Felicidade Nacional Bruta" em vez do Produto Interno Bruto (PIB). A proposta foi aprovada em 2012 por unanimidade pelos 193 estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), defendendo que a busca pela felicidade é um objetivo humano fundamental.

Em Portugal, os Estudos revelam que Portugal é um dos países mais infelizes da Europa. Numa escala de 0 a 10, Portugal apresenta uma avaliação média de felicidade de 5,1. 

 Seja feliz! 

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Neste corpo meu
Vive um certo eu
Que não sabia
Que comigo vivia
Até ao dia 
Em que acordado
P'lo destino malfadado
E p'la dor velado
Veio do sono profundo
Para este mundo
Para meu corpo tomar
E sem eu saber
Ou sequer querer
Em mim deixar
Um vazio no olhar
O pensamento perdido
Num corpo esvaído
P'la dor invadido
E o sorriso apagado
P'la saudade tomado

Na vida da mulher

Tantos são os papéis a desempenhar
Mas todos há-de representar 
Sem ensaio ou encenação
Seguindo apenas o seu coração

E tantos fardos lhe hão-de pesar
Mas todos há-de carregar
Com o seu sorriso e brilho no olhar

Tantas vezes numa rude vivência
Tantas numa dura existência
Mas nada usurpará a sua essência

Desejo um Feliz Dia a todas as Mulheres que fazem parte da minha vida, com particular destaque para as Mulheres deste charco, que tanto enriquecem os meus dias!

Hoje partilho os meus ciclames ou violetas alpinas convosco.

Devido à sua beleza e delicadeza, os ciclames são muito associados à paz interior e à reflexão e por isso são uma excelente escolha para locais dedicados à concentração e relaxamento, como escritórios, bibliotecas, sacadas ou salas de estar.

Estas suas características introspectivas, fazem delas um presente muito usado para pessoas que estão a passar por momentos difíceis. Geralmente, estimulam a admiração pelo lado bom da vida, atraindo energias positivas.

Resposta ao Desafio da Flores proposto pela Célia do blog "... Raios de Sol" a quem agradeço! 

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