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Green Ideas

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Tempo

30.09.20 | Ana D.

set_Tempo.jpg

Há tanto tempo
que ando a pensar,
que me falta tempo 
para aproveitar,
este tempo,
que a vida tem para me dar!

Vejo o meu tempo a correr
e a vida a passar,
sem que eu, o consiga deter.
Sem que eu, o consiga parar.

E no frenesim
deste tempo que tem fim,
meu tempo tenho de acalentar,
se o quero para mim,
guardar!

E assim continuo a viver,
atrás do tempo a correr,
até meu tempo se esgotar
e ser tempo de acabar,
para em ti adormecer,
por já não ser tempo de viver.

 

Outono Meu

22.09.20 | Ana D.

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E quando meu outono vier,
as primeiras chuvas vai trazer
e com ele também virão,
uma nova estação
e as folhas caídas no chão.

No teu colo outono meu
me hei-de deitar 
para que com tua brisa me possas abraçar
e em teus braços me possa aconchegar.

Na cor da tua pele,
no teu sabor a mel,
meus olhos hão-de ficar
e meu coração hei-de encontrar.

E é nesse teu tempo
de pequenos dias, 
de manhãs frias,
que em teu regaço
hei-de esperar
p'lo inverno que há-de chegar...

Ai outono meu, 
quanta saudade tinha de ti,
neste coração que é teu,
nestes tempos, em que quase não vivi...

 

Partir...

17.09.20 | Ana D.

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Quando uma mulher se apaixona de verdade por um homem, a única coisa capaz de destruir essa paixão é esse mesmo homem.


Não sei que nos aconteceu.
Mas sei que o seu amor já não é meu!

E de tanto amor,
de tamanha admiração 
guardo a dor…
e a mágoa da traição.

Teu coração partiu sem avisar
e preferiste não justificar,
mas eu… eu, não deixei de te amar!

Não sei se a paixão se apagou
ou se o amor acabou,
mas sei que só nosso filho restou!

E com o tempo a passar
sei que mais não quero
do que deixar de te amar!

Quero minha dor abafar,
minha mágoa estancar,
pois este amor não mais quero sentir,
e sem ti, quero partir!

E se um dia… em ti
Minha falta voltares a sentir
Lembra-te que não fugi.
Foste tu que me deixaste ir…

Da Saudade que tenho de mim

16.09.20 | Ana D.

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Parei para sentir meu coração
e lembrei-me então,
neste tempo sem fim,
quanta saudade tenho de mim!

Saudade,
da audácia e ousadia
do viver de cada dia!
Do riso e da alegria
que em minha vida sentia!

Saudade,
da esperança,
que com perseverança
e muita segurança
me enchiam de confiança!

Saudade,
de acreditar,
do saber ser, do saber estar,
do saber encantar!

Saudade,
de rir,
sorrir e sentir
de saber seduzir!

Saudade,
do ímpeto e da intuição,
da força e da coragem
que sem margem
me davam razão.

Saudade,
do querer
para conseguir fazer,
e se preciso do lutar
para nunca falhar!

Sentada no banco do meu jardim

15.09.20 | Ana D.

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Sentada no banco do meu jardim,
sinto uma tristeza sem fim.
Com tudo o que tenho,
sobrou tão pouco de mim.

Lembro-me com precisão
de uma menina com coração,
sonhos e ilusão
que se fez mulher,
ainda sem saber,
que muito iria perder!

Num caminho sem tréguas,
percorreu léguas, 
sem poder parar,
sequer, para descansar.

E nesse seu caminho,
Tantas vezes frio,
Tantas vezes vazio,
Muito foi sofrendo,
Muito foi perdendo.

Mas das lágrimas e sofrimento
não guarda ressentimento.
E apesar de tanta tristeza,
seus olhos guardam a beleza
e o seu sorriso, a imensidão
do seu coração!

COVID a quanto obrigas neste novo Ano Letivo!

11.09.20 | Ana D.

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“Esperar pelo melhor e preparar-se para o pior: eis a regra.”

Fernando Pessoa

Todos recordamos a euforia do regresso às aulas em cada setembro… a preparação do material escolar, o cheiro dos livros novos, a escolha dos cadernos e o encontro com os colegas e professores.
Depois vêm os filhos e a euforia não é menor. Revemo-nos na nossa infância e juventude, com a preparação do material escolar e com a justificação de tudo organizar, até compramos um novo caderninho para nós. Enfim tudo fazemos para que seja perfeito!
Mas em tempos de pandemia, tudo é diferente e portanto o início do ano escolar não é exceção!
Neste setembro, a alegria do regresso às aulas deu lugar ao receio, à dúvida e à insegurança. Sim, porque desta vez sentimos que vamos colocar o nosso bem maior – os nossos filhos – no âmago da questão. Todos percebemos os motivos, todos sabemos as razões, mas nada disso atenua a preocupação.
Porquê?

Porque são os Nossos filhos!

Porque apesar dos pacotes de estudos que referem que os casos em idade pediátrica representam uma ínfima percentagem das infeções por SARS-CoV-2 a nível mundial, não deixam também de referir que estes parecem ser tão suscetíveis à infeção quanto os adultos e que o seu contributo na transmissão não é ainda bem conhecido. Por outro lado, ainda que as crianças possam ser menos afetadas, importa também considerar com preocupação o elevado número de contactos que estas terão no contexto escolar e na comunidade.

Porque fomos inundados por Resoluções e Referenciais Escolares para o controlo da transmissão de COVID-19 em contexto escolar com orientações, medidas e regras, um planeamento meticuloso, reorganização escolar e... garantia de distanciamento físico de 2 metros. Não! 1,5 – 2 metros. Não! 1 metro... Se possível!... Afinal não! Afinal podemos sentar dois alunos na mesma carteira. E ter 28 alunos e 1 professor(a) por sala. Enfim, para o diabo com o distanciamento social!!
Mas não há trocas de material!

Não tenho quaisquer dúvidas que tal como nós pais, a comunidade escolar tudo fará para que o ano letivo corra bem, porque também eles estão no âmago da questão, porque também eles e as suas famílias correm risco e porque amam a sua profissão. Bem hajam por tudo aquilo que conseguem fazer nas escolas e também por tudo o que tentam fazer, mesmo que nem sempre acabe por ser possível!




Escrever

10.09.20 | Ana D.

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Escuto uma canção
para bucar inspiração
mas nem na melodia
encontro meu coração!

Escrevo... apago...
volto a escrever,
mas é tudo tão vago,
como o meu viver!

Mas não quero saber.
Quero escrever!
E de minh' alma hei-de sorver,
todo o meu ser!

Todo o meu ser e todo o meu sentir,
ainda que não saiba,
que caminho seguir!

Quero com minhas palavras acreditar,
que para viver em paz,
serei capaz...
de amar e perdoar!

E se esse horizonte alcançar...
que mais poderei querer,
neste meu viver, 
neste meu sonhar,
que meu coração encontrar!

Desencanto

04.09.20 | Ana D.

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Neste meu caminho
cheio de vazio
ilumina-me a escuridão
aquece-me o tempo frio.

Para trás,
deixo sonhos e ilusão.
Para trás,
fica meu coração.

Do imenso desamor
e do mar de dor
pel'o amor que não restou
só a tristeza em mim ficou

E é neste meu desencanto
de despeito
e desilusão
que levo em meu peito
tamanha emoção.

 

Acreditar

03.09.20 | Ana D.

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Hoje… na minha inocência
perdi a clarividência
e no meu querer acreditar
mais me deixei enganar.

E é nesta solidão,
profunda demais,
que uma vez mais….
perdi meu coração!

Infinita é a capacidade,
no amor… na amizade,
na vida… na felicidade,
de tanto perder,
de tanto sofrer…

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